55- em falta

1- Os diferentes palcos (breve leitura);
2- Mistica e cerimoniais (breve leitura);
3-Descobertas ciêntíficas (breve leitura).
4- Real Edifício de Mafra (já saiu em exame, mas é necessário rever);
5- Ceremonie Turque

54 - Rei D.Luís XIV, o Rei Sol

• O seu reinado marcou o apogeu da França;
• Dominou política e economicamente os seus pares europeius, tendo convivido nas artes e nas letras, com um dos momentos mais brilhantes na cultura e arte da França, que se revelou um exemplo para toda a Europa;
• Viveu rodeado de luxo e de cortesãos subservientes, num cerimonial rigorosoonde os deveres do Estado conviviam com os prazeres mundanos e do espírito;
• Centro de todas as atençõesa figura do rei era imposta pelo medo e admiração;
• Foi objecto de culto e admiração, como se fosse uma figura divina - o Sol;
• No campo político foi o centro de todo o Estado;
• No campo cultural , agrupou artistas e sábios em academias que patrocionou e acarinhou com as suas encomendas diversos artistas e intelectuais, criando um verdadeiro estilo ''monárquico'';
• Externamente, quis repor as barreiras naturais (Gália) originando várias guerras;
• Foi o inventor do luxo e da moda, deixando um legado de símbolos de sofisticação: os perfumes, a gastronomia, o champagne, os sapatos de salto alto os siamantes, os salões de cabeleireiros , primeiros criadores de alta costura;
• As criações da corte francesa eram desejadas e disseminadas por toda a Europa.

53 - Tratado de Utreque

• Foi o tratado que pôs fim e regulamentou a paz entre as pot~encias beligerantes na chamada Guerra da Sucessão de Espanha, em 1713;
• ocorreu quando o rei Carlos II de espanha morreu, sem deixar descendência;
• Num lado : Espanha, França e a Casa de Wittelsbach , do outro a Grande aliança de Haia - Inglaterra, Holanda, Aústria e Prussia;
• Consequências: Pôs termo á hegemonia francesa, nivelando forças europeias;
• Fez passar para primeiro plano da cena política europeia a Prussia e Sabóia;
• Com os tratados de Utreque a geografia política da Europaficou alterada, pondo termo à hegemonia exercida na França.

52 - Barroco em Portugal

Durou erca de dois séculos (finais dos séculos XVII e século XVIII) - tempo dificil : situação política, económica-social, domínio filipino, perda de colónias, guerra da restauração, crise dinástica e o controlo do Santo ofício.

1- Arquitectura

• Construção de Palácios e solares (elementos nacionais e inetrnacionais);
• Cumpria indicações do Concílio de Tretnto através de influ~encias espanholas;
• Plantas rectangulares, centradas ou circulares, de fachadas simples, regulares, com sobriedade decorativa (excepto nso altares);
• O interior era decorado com azulejaria e talha dourada;
• Na arquitectura civil seguiu os principios da arquitectura chã : plantas em forma de U com dois andares, incluindo pátios, decoração sóbria (tudo a imitar os palácios franceses);
• Palácio da Fronteira em Lisboa;
• Nicolau Nazoni - Bom Jesus de Matosinhos, Torre dos Clérigos.

2- Escultura

• Escultura de vulto redondo e os baixos relevos decorativos;
• Em barro ou madeira - a escultura em pedra perdeu importãncia;
• Foi a talha a característica mais barroca em Portugal;

3- Pintura

• Tardia e dividida em duas fases.
• Primeira foi influênciada pelo tenebrismo espanhol;
• temas religiosos, retratos e naturezas mortas;
• Pintura talha dourad e azulejo - especifidade do barroco português;
• Azulejo: funções narrativas, apelativas, efeitos ilusionísticos pelo cromatismo e luminosidade.

51 - Da Europa para o Mundo

• O Barrco nasceu em Itália e rápidamente se dinfundiu pelo resto da Europa, apresentado soluções distintas em cada região geográfica, de acordo com a história, costumes, tradições de cada local.

• Na Flandres e Alemanha : predomina a exuberância;
• Na Escandinávia e Holanda : o Barroco foi mais austero;

Misturas e influencias:

Em Bruxelas as influências Barrocas misturam-se com as góticas, Inglaterra procedeu do mesmo modo, uma vez que é uma terra tradicionalmente gótica.
Na Flandres e Holanda a pintura teve sobretudo ligada a temas laicos.

Pintores :
Peter Paul Rubens - pintor oficial da Corte de Espanha , pintura sensual, faustosa e requintada pelas cores que utilizou.

Vemmer - pintor intimista e equilibrado onde a verdade física e psicológica dos ambientes é revelada por um ambiente tranquilo, equilibrado e dinâmico.

Rambrandt - Pintor holandês mais conhecido . Pintou retratos individuais, senas de grupo e outros. Influência do tenebrismo de Caravaggio.

Na Espanha, o Pintor mais conhecido foi Velasquez, teve uma grande influencia italiana (temas religiosos e laicos).Foi misturado com influencia árabe que afirmou o churriguerismo.

50 - Barroco : O Caso Francês

O Caso Francês

As concepções renascentistas permaneceram em França até tarde, devido à acção das academias, que tinham uma grande resistência ao Barroco.

Quando este estilo de instalou foi fundamentalmente através da gramática decorativa, pois as estruturas arquitectónicas mantiveram-se sobretudo clássicas. A França preferiu as linhas estruturias decorativas renascentistas, com uma arquitectura elegante, de linhas rectas e racionais. Do barroco italiano aproveitaram a organização urbanística, sobretudo em Versalhes. Embora dentro do espírito barroco, Versalhes é sobretudo um baluarte do classicismo pela bela fachada rectílinea , onde sobressai a horizontalidade, simetria, balaustrada que esconde o telhado. No interior, as salas rectangulares, a galeria de espelhos, as escadarias, os vestíbulos... tudo decorado com mármore, bronze, pinturas , faixas emolduradas, tudo com muito aparato e luxo.

Os jardins , com canteiros caprichosamento desenhados, um canal, espelhos de água, terreiros e pavilhões caracterizam o barroco francês.

O principal responsável pelos jardins de Versalhes foi Louis Le Vau.

Na escultura francesa revela uma forte influência do Renascimento rejeitando o Barroco, com excepção da influência de Bernini. O único pintor ‘’Berniniano’’ foi Pierre Puget . François Girardon foi o principal escultor de Versalhes com um estilo mais leve e clássico.

A Pintura francesa nunca foi também verdadeiramente barroca , revelando tendências clássicas no tratamento formal da composição, das figuras e da cor. Mitologia, religião, retrato e paisagem.

Georges La tour foi o mais ‘’caravaggista’’ na forma tenebrista como jogou com as cores e a luz e a sombra, poucas personagens, que são iluminadas localmente por um foco inetrior, deixando os restantes elementos, numa escuridão imensa.

Nicolas Poussin, Claude Lorrain.

OBRAS DO BARROCO FRANCÊS :

1.       Igrea de Val de Grâce, François Mansart;

2.       Palácio de Versalhes;

3.       Milo de Crotona, Pierre Puget;

4.       Rapto de Proserpina, Girardon;

5.       Túmulo do Cardeal Richelieu, Girardon;

6.       O Triunfo de David, Poussin;

7.       A Madalena arrependida, La Tour;

8.       Descida da Cruz, Tournier;

9.       O Recém Nascido , La Tour.

49 - O Barroco (geral , em resumo)

O Barroco

1-Contexto histórico :

O Barroco foi um período artístico que se estendeu sensivelmente entre os séculos XVII e XVIII. Barroco significa ‘’enfático’’, ‘’violento’’ , ‘’triste’’. Foi um período em que homens e mulheres, movendo-se para o mundo, representavam ou viviam nele, que era o palco.

Socialmente, este período foi marcado pela sociedade de ordens : Nobreza, Clero e Povo; Politicamente foi marcado pelo Antigo Regime, ou o Absolutismo, que concentrava todos os poderes no rei. Foram vários os países que aderiram ao Antigo regime, ou à monarquia absoluta, sendo Portugal, Holanda e Espanha alguns exemplos, mas o exemplo máximo, França, onde reinava Luís XIV, o Rei Sol, na sua magnífica corte de Versalhes.

Este período é essencialmente caracterizado pelo ‘’culto da corte’’- homens e mulheres, sempre numa exaltada exuberância de luxo realizavam ritos e gestos e acções de cerimónia consecutivos ao rei – tudo era feito para agradar ao rei, até mesmo um olhar, pois tudo valia para ter um lugar privilegiado perto do mais poderoso e rico rei de todos os tempos. Apesar da riqueza vivida na corte – onde a ‘’novidade’’ ou a ocupação principal era o teatro, já bastante desenvolvido com grandes influências orientais e exóticas (devido também ao aumento do império, através das colónias francesas). Mas as ocupações não se ficavam apenas pelo teatro -  eram  também realizados grandes banquetes, recheados de fortuna e riqueza, com pratos especiais e refeições da maior variedade e qualidade (tudo para agradar principalmente o rei) – destaca-se no século XVII o organizador de festas e solenidades, Vatel, que servia o rei Luís XIV. Jogos de mesa, teatro, banquetes, bailes, corridas de cavalos eram algumas das ocupações da Nobreza na corte.

No entanto, apesar de toda esta riqueza e de todo este fausto, o resto do país (nomeadamente a França) atravessava um período de crise a todos os níveis, chegando o povo mesmo (de tal que era a pobreza e falta de condições) reclamar e manifestar-se perto do palácio, e isto porque a pobreza, embora não verificada de facto na corte, era extrema no que tocava ao povo, que não tinha condições de vida, nem oportunidade de participação na vida política do reino.

Além de tudo isto, este período foi também marcado pelo plano religioso – vigorava agora o plano Católico da Contra – Reforma. Numa tentativa de cativar os fieis, aumentou os rituais, adicionou rituais aos antigos, reformulou a arte da igreja, reforçou o apelo á exuberância, aos sentidos, ás emoções, aos sentimentos, de modo a acurralar os fieis através da procura da alma.

Marcado por constantes antagónicas entre prazer e pecado, bem e mal, riqueza e pobreza, pompa e despojamento, o Barroco foi uma arte caracterizada pelo excesso de exotismo e decoração, uma das artes mais marcantes de toda a história, devido à sua grandiosidade na arquitectura, escultura e pintura, uma vasta obra de pintores que vão desde Caravaggio, a Peter Paul Rubens e Rabrandt .

Como características da arte em geral, o Barroco expressa-se por composições bastante dinâmicas, a busca do exotismo, irracionalidade, emoção, sentimento, imaginação; fuga á geometria , devido á busca de novas formas mais dinâmicas, elevadas, exoberântes e assimétricas, predomínio da verticalidade sob a horizontalidade e o desaparecimento da linha recta, dando lugar a linhas curvas, ascendentes e descendentes e por fim a interligação de todas as artes em conjunto, para criar o ambiente procurado pelo barroco – pintura, arquitectura e escultura.

2- Arquitectura:

A arquitectura barroca destaca-se pelo contraste entre o interior e o exterior : no interior, uma decoração exuberante, no exterior, fachada simples e poucos detalhes de decoração.

As linhas estruturantes dos edifícios, juntamente com a decoração que as seguia dão a ideia de movimento e amplitude do espaço; a abundância de linhas opostas reforça o sentido de luz sombra, em violentos contrastes de luz; no exterior as fachadas são decoradas com elementos estruturais sob a forma de elementos decorativos : colunas helicoidais, torças e escalonadas, frontões centrais que acentuam a ideia de movimento; fim da estaticidade, geometria e simetria – pela busca do emocional, fantástico e imaginativo; plantas  curvas, elípticas e ovais, trapezoidais e estreladas, que possuem uma nave única : rectangular ou elíptica e por vezes elíptico – longitudinal. Na decoração interior, conseguida não só através da arquitectura, mas sobretudo da pintura e escultura há a ausência e o horror ao vazio, em que todos os espaços são preenchidos com decoração.  

3- A Escultura:

A Escultura foi marcada sobretudo por Bernini e pelo rigor da execução, que tem a sua origem no maneirismo do renascimento.

As suas características são: temáticas honoríficas, comemorativas, alegóricas, religiosas, narrativas e por vezes mitológicas; teatrialidade dos movimentos, realismo e naturalismo formal,  grande expressividade no rosto das personagens; composições dinâmicas, repletas de ascendentes e descendes, com jogos de texturas e luz e sombra, congelamento do instante, observação por vários pontos de vista, ouro, marfim, madeira policromada e estuque.

A escultura de vulto teve funções honoríficas, alegóricas, religiosas e comemorativas e foi colocada em nichos, mísulas, consolas, fachadas dos edifícios e paredes interiores: os relevos decorativos continham uma gramática formal típica : frontões,volutas, cartelas (...)

O interior das igrejas (principalmente) era decorado numa exuberante obra escultórica de vulto e relevo, repleta por talha dourada, o que caracterizou este período na decoração, sendo não só em igrejas, mas também em palácios, óperas, teatros, entre outros.

Na vertente religiosa da escultrua, foi sobretudo representada a vida de mártires e santos.

4- A pintura :

Teve como ponto máximo Caravaggio. Foi uma arte que pretendia uma encenação teatratal pela luz, volume, contraxtes, encenação, deslumbramento e surpresa, num espectáculo que se pretendia total. Foi marcada pelo apelo à exuberância, grandes contrastes, emoção, sentimentos. Criavam ambientes majestosos, que atestavam o poder da igreja. Apresenta duas tipologias : a pintura mural e pintura sobre tela.

A pintura mural foi executada em tromp l’oil e decorava os interiores (sobretudo os tetos) de palácios e igrejas, dando a ilusão de profundidade e perspectiva, encenado por vezes elementos arquitectónicos falsos.

As temáticas eram : religiosas, mitológicas, retratos, naturezas – mortas, paisagem e cena de género.

É valorizado o acontecimento, representado o momentâneo, composição aberta, onde o espaço de define por um conjunto de movimentos centrífugos em linhas oblíquas e curvilíneas de dentro para fora, formas sinuosas e elegantes , em formas polígunais e circulares.

A união entre a luz sobra, e o contraste, faz com que se destaque os elementos principais de uma composição e que o restante fique na penumbra.

5- CARAVAGGIO

Trouxe o profano para a representação de figuras sagradas – as suas figuras nunca são convencionalmente belas, o que chocou os seus contemporâneos e a igreja, pelo facto de representar figuras sagradas, como simples pessoas do quotidiano (os modelos eram pessoas da vida profana); luz rasante e descontínua, típica do Barroco, iluminando alguns promenores da obra e deixando o restante na penumbra. Perícia técnica tal, que simulava mesmo a realidade, cenas amplas – era difícil a distinção de elementos arquitectónicos falsos, dos verdadeiros.

OBRAS DO BARROCO (geral) :

1.       Praça de São Pedro, bernini;

2.       Igreja de Santa Maria in Campinelli , Carlo Rainaldi;

3.       Igreja de São João de Latrão, Francesco Borromini;

4.       Igreja de Santo André do Quirinal, Bernini;

5.       Igreja de Santa Inês, Borromini;

6.       Capela do Santo Sudário, Guarino Guarini;

7.       Igreja de S.Carlos das Quatro Fontes, Borromini;

8.       Palácio Barberini, Bernini;

9.       Palácio de carignano, Guarini;

10.   Villa Doria Pamphili, Alessandro Algardi;

11.   Piazza del Popolo, Carlo Rainaldi;

12.   Piazza Navonna, Roma;

13.   Apolo e Dafne, Bernini;

14.   Plutão e Proserpina, Bernini;

15.   Sant’Andrea delle Fratte, Francesco Borromini;

16.   O Êxtase de Santa Teresa de Ávilla, Bernini;

17.   Santa Cecília, Stefano Maderno;

18.   Túmulo do Papa Alexandre VII, Bernini;

19.   Túmulo do Papa Gregório XIII, Camilo Rusconi;

20.   Busto de Gabriele Fonseca, Bernini;

21.   Apolo com ninfas, François Girardon;

22.   A Morte da Virgem, Caravaggio;

23.   Ceia de Emaús, Caravaggio;

24.   O Comedor de Feijões, Carraci;

25.   Martírio de São Bartolomeu, Ribera;

26.   A Conversão de São Paulo , caravaggio;

27.   Palácio Farnese, Galeria Farnes, Carraci;

28.   Triunfo da Divina Providência, Pietro da Cortona;

48 - ATENÇÃO !

Um dos erros maveríficados nos exames de história, é não saber a diferença entre ''com base no texto \ documento \ imagem'' e ''a partir do documento\ texto \ imagem'' .

Com base - explicar características (ou o que é pedido) em que tudo está no texto \ imagem \ documento, e é necessário explicar o conteúdo, transcrever e elaborar a resposta só com material do texto.

A partir - depois de analisadas as caracetrísticas, ou o que esta em questão, a resposta tem como exemplo o documento, ou texto, ou imagem, mas não é obrigatóriamente relativo ao mesmo.

Exemplo:

-Com base : ''Com base no texto lido anteriormente é possivel verificar várias das modanças verificadas nas cidades após a revolução industrial. Das modanças ocorridas no geral, destacam-se as novas construções para alujar os passageiros de idas e voltas, de partidas e chegadas, da circulação de produtos, pessoas, ideias e novidade - A Gare, o novo centro da cidade Romântica, à qual divergiam todas as pessoas para o convívio, troca de ideias e movimentação : ''...........''

A partir: ''A partir do texto lido anteriormente é possivel desenvolver que de facto as cidades viveram no século XIX numa grande mudança a nível das suas estruturas devido ao aparecimento da locumotiva e das linhas férreas (....) .

47 - Cábulas para indicador de características

Cábula para indicador de características:

1-      Período envolvente (duas datas , um ou dois acontecimentos marcantes)

A-     Arquitectura

1-      A Estrutura;

2-      Característica interior;

3-      Característica exterior;

4-      Tipologia;

5-      Função;

6-      Caracterização de elementos arquitectónicos;

7-      Características técnico - formais.

8-      Planta

B-      Escultura

1-Influências;

2-Composição;

3-Proporção;

4- Realismo técnico;

5-Idealismo técnico;

6-Expressão;

7-Posição;

9-      Saliências, concavidades e partes convexas com o reflexo da luz;

10-   Movimento e articulação.

11-   Textura

12-   Temática

C-      Pintura

1-Técnica;

2-Cor;

3-Luz;

4-Contraste;

5-Volume;

6-Prespectiva;

7-Temática;

8- Fundo;

13-   Figuração;

14-   Textura da cor;

15-   Lineado;

No fim : colocar um ou dois artistas e um ou duas obras respectivas, com uma breve análise técnico-formal, caso as características pedidas sejam as gerais e não as de uma obra em particular. Se forem pedidas de uma obra em particular, deve fazer-se uma breve introdução relativa ao pintor\ arquitecto\ escultor em questão e em relação aos seus contemporâneos.

45 - Resumos de Resumos , Grécia e Roma (para tentar fixar)

Perguntas de Preparação para o Exame

1-      Quem foi Péricles? Explica a sua acção na cidade de Atenas e o conjunto de factores que fizeram com que o seu século fosse a idade de ouro de Atenas (ou da Grécia.

Péricles foi o mais importante governador da cidade-estado de Atenas, da Grécia da Antiguidade Clássica ou Hélade. Este nasceu no século V a.C, século ao qual deu nome e permitiu que Atenas tivesse o seu auge a sua ‘’idade de ouro’’. De família aristocrática nasceu num ambiente de liberdade, tolerância e tradição democrática.

Governou Atenas sobre o domínio da inteligência, palavra, actuação, justiça, diálogo e liberdade. Um dos seus principais objectivos era aumentar a participação do povo na actuação do governo da cidade e para isso diminuiu o poder aos nobres e ricos e aumentou a importância do povo como papel decisivo nas leis da polis, criando diversos cargos e diversos subsídios, consoante fosse o serviço à cidade.

Graças à intervenção deste importante governador, Atenas reuniu um conjunto de factores que fieram do seu século o culminar de um período de florescimento económico, artístico, social e cultural:

Situação política e económica estável : não só com Péricles, mas também com nomes como Psístrato, Solon e Clístenes e com um sistema de importação e exportação equilibrado : como o solo era pobre e montanhoso, realizavam-se trocas com a Mágna Grécia, Criméria, Grécia Asiática (entre outras regiões do mar Negro) onde se exportava mel, mármore e azeite e se importavam produtos como carne, peixe e metal.

Situação de florescimento cultural e artístico : com o óssio, tempos livres e situação económica estável, foi possível o florescer das artes e o aparecimento de disciplinas como a Filosofia e a Cosmologia, a tanto do aparecimento também dos sofistas;

Situação social confortável : com um grande número de cidadãos, metecos, escravos e mulheres, a população Ateniense teria aumentado devido à vitória na Batalha de Salamina e ao enriquecimento da cidade.

Foram estes conjuntos de factores, aliados à genielidade, honestidade e intelig~encia de Péricles, que fizeram do século V a.C, um dos séculos mais importantes na história da cultura da humanidade.

Embora esta situação fosse de grande prosperidade, não passou de uma situação efémera, pois em 431, a ambição de Esparta e da Liga de Poloponeso (a par das criticas a Péricles e ao seu governo) rebentaram com a Guerra do Poloponeso e iniciaram uma Era de convulsões, incertezas e medos, da qual Péricles foi vítima de um surto de peste.

2-      Explica a crença nos deuses, por parte dos gregos. Indica nomes importantes relativos a obras e explica a sucessão de acontecimentos.

A crença nos deuses, por parte dos gregos, tem as suas origens nas histórias e lendas contadas pela tradição oral ao longo dos tempos, a qual diversos poetas completaram e sistematizaram dando-lhes o nome de mitos.

A par desses mitos e da tentativa da explicação do inxeplicável  várias personalidades como Hesíodo (o primeiro historiador grego) e Homero completaram e definiram as características dos deuses nas suas obras : A Odísseia (do qual faz parte a Íliada, de Homero) e a Teogonia de Hesíodo.

Segundo Hesíodo todos os fenómenos derivaram do Caos da Terra e de Eros, do qual resultou Cronos e sucessivamente a Cronos, Zeus , que se uniu a Hera e originou vários outros deuses oficiais.

3-      Como se caracterizava a religião politeísta dos gregos? Explica as características dos deuses e acontecimentos importantes.

A religião politeísta dos gregos caracterizava-se pela crença na existência de vários deuses, nos quais Zeus era o principal. Os deuses, no seu total, eram mais de 30000 e viviam todos em conjunto, convivendo com espíritos bons e maus e a intervir constantemente na vida humana.

Eram semelhantes aos humanos na forma (antroformismo) e nos desejos, sentimentos, angustias e vícios, embora tivessem qualidades superiores : imortalidade, força e beleza . Também existiam os semi-deuses, que eram filhos de mãe mortal e pai deus, ou vice-versa , ou então alcançavam a imortalidade por terem realizado um acto sobre-humano.

Para que a intervenção dos deuses fosse boa, o gregos realizavam várias festas rituais religiosos, como procissões, libações, sacrificíos, entre outras. Dois dos maiores acontecimentos religiosos eram as Grandes Dionísias e as Paneteneias de Atenas.

4-      Caracteriza o pensamento grego, explicado o aparecimento da Filosofia e de outras áreas do pensamento.

O pensamento grego é o conjunto de uma grande reflexão racional e humanística em torno do homem.

Na tentativa de explicar o inexplicável, a existência do mundo físico e a relação entre o Homem e a Natureza e o Homem e o Cosmos iniciou áreas de pensamento como a Filosofia  e a Cosmologia.

Apareceram também neste tempo os chamados sofistas, que (devido à participação activa dos cidadãos no governo da cidade através da palavra) defendiam que o conhecimento e a verdade eram subjectivos e que o Homem deveria preocupar-se com a persuasão, palavra, argumentação e discussão. Em contraste surge Sócrates, que defende a Filosofia como a procura da verdade, que deveria ser o objectivo do homem como ser racional e intelectual. Também Platão e Aristóteles realizaram um estudo relativo à relação do Homem e o que o rodeia e ao seu pensamento, concluído que o Homem, embora tenha um pensamento humanístico e assente na racionalidade e no pensamento filosófico, terá sempre presente na sua vida, uma vertente mística.

5-      Identifica os acontecimentos das seguintes datas:

a)      480; 29 de Setembro, Batalha da Salamina

b)      461; Início de Péricles no Governo

c)       431; Guerra do Poloponeso

d)      460 – 429. Governo de Péricles

6-      Indica 4 características da arte grega.

A arte grega era uma arte assente na racionalidade, harmonia, ritmo e sobriedade;

As suas dimensões estavam encontradas na natureza;

Conseguiu relacionar o mundo concreto com o espiritual /tal como a vida dos Homens e dos Deuses);

Conseguiu cumprir funções cientificas e técnicas, éticas e estéticas, funcionais e de beleza.

7-      Indica 4 características dos seguintes aspectos e um exemplo:

a)      Arquitectura grega (geral):

Formaram-se as primeiras noções de medida, proporção, ritmo e simetria;

A Arquitectura era sempre apoiada na geometria;

Os detalhes e pormenores eram obrigados a sujeitar-se à harmonia do conjunto total;

A matemática definia o ritmo e a harmonia;

As tipologias eram sobretudo : civis (habitação), públicas (praças) e religiosas (oráculos, templos e santuários);

A planta mais utilizada é o trilíco.

b)      Ordem Dórica;

Colunas de uma só base;

O fuste é grosso, em caneluras de arestas vivas, mais estreito em cima e largo em baixo;

O capitel é constituído por ábaco e coxim ou equilo – muito simples e geométrico;

A fachada é constituída por tríglifos e métopas (decoradas) intercalados;

O telhado era de duas águas, quase sempre em madeira.  

c)       Ordem Jónica;

Colunas com base individual;

Fuste elegante e com caneluras semicilíndricas;

O capitel é formado por ábaco e por coxim em forma de duas volutas enroladas em espiral;

A fachada é constituída por um friso contínuo e decorado;

O frontão triangular contém um tímpano com decoração esculpida.

d)      Ordem Coríntia

Colunas com base individual;

Fuste elegante e delicado;

Capitel exuberantemente decorado com folhas de acanto;

Telhado de duas águas .

8-      Caracteriza a escultura grega segundo os seguintes aspectos:

a)Período Arcaico

(4 para o relevo, 4 para a estatuária + 2 exemplos para cada)

Relevo:

Temáticas eram: narrativas, honoríficas, alegóricas, comemorativas, míticas ou religiosas;

A decoração de tímpanos era feita segundo a disposição do espaço, onde as figuras se dispunham sobre hierarquia de importância: as mais importantes de pé, depois sentadas e assim sucessivamente;

A decoração nas fachadas era feita de uma forma consecutiva, onde era narrado um acontecimento, numa grande multiplicidade de figuras;

Destinavam-se a decorar ambientes arquitectónicos , eram inicialmente feitos em terra cota e depois pintados em cores vivas (como vermelho ou azul).

Exemplo: Tesouro de Sifnos

Estatuária:

Lei da frontalidade e da imobilidade;

Braços estendidos ao longo do corpo;

Desproporção anatómica (cabeça e mãos desapropriados ao corpo);

O movimento era acentuado pelas pregas da roupa;

Os olhos eram geralmente em forma de amêndoa e os lábios com um sorriso enigmático;

Os cabelos eram em forma de tranças, ondas ou cordas;

Rosto muito geometrizado e sistematizado, sem rigor anatómico.

Exemplos: Koré dos olhos de amêndoa e Koré de Chios, Moscórforo.

b)Período Clássico (4 apenas + 3 exemplos);

Estabelecem-se os cânones (por Policleto) – a cabeça passa a ocupar 1\7 do corpo;

Desenvolve-se um grande rigor anatómico e um grande realismo;

Os braços das figuras desprendem-se do corpo, libertando-se e dando a ilusão de movimento;

A expressão das figuras matem-se sempre em serenidade;

Estabeleceu-se um ideal de beleza desportivo, quase divino, através dos atletas gregos.

Exemplo: Dorífuro, Discóbolo; Ménade.

c) Período Helenístico (igual ao anterior)

Caracterízou-se pela perda da expressão facial serena, passando para um grande expressividade e dramatismo;

Os conjuntos escultóricos ou peças de estatuária pertendiam assinalar (glorificar, honorificar) algum acontecimento;

Grande influência do teatro (tragédia e comédia) pelo dramatismo das expressões e pelas suas posições;

Composições dinâmicas , orientadas em linhas sinuosas.

Exemplos: Laocoonte e Os Lutadores

9-      Explica a evolução da cerâmica grega da seguinte forma

a)      Estilo Geométrico

Entre o século IX e VIII a.C ;

Influenciado pela tradição dos vasos creto-micénicos;

Ornamentação a partir de motivos geométricos simples – ponto, linha, circulo;

Combinações e variações criativas: gregas, meandros, losangos;

Preto sob a cor natural dos vasos.

b)      Estilo Arcaico (as duas fases, 4 para cada uma delas)

Fasee orientalizante :

Influ~encia da arte do oriente;

As figuras são representadas pretas, sob fundos claros;

As figuras são definidas apenas pela silhueta, com a introdução do traço vermelho, para definir alguns detalhes;

Presença de animais e figuras híbridas ou mitológicas (grifos, esfinges, entre outros).

Fase arcaico – recente

O rosto era representado de perfil, troco a três quartos e as pernas em perfil;

A representação das figuras mostrava já um maior realismo técnico;

Os temas eram  sobretudo mitológicos, religiosos e da vida quotidiana;

As figuras apresentam ainda desarticulações e desproporções a nível anatómico

c)       Estilo Clássico (4 características):

As figuras são pintadas a vermelho , sob fundo negro;

Introduz-se a ideia de prespectiva e profundidade;

Há a presença de elementos arquitectónicos;

Os pormenores são dados a preto.

1-      4 Características do Império Romano:

·         Vastidão e grandiosidade do império (um dos maiores de sempre);

·         Meticulosa e disciplinada organização das legiões (que conquistavam e  proclamavam a Pax romana por vastos territórios, aumentando o império);

·         Superioridade da sua civilização material;

·         A variedade da sua cultura (com várias influências, devido á vastidão do império, mas essencialmente de matriz helenística);

·         Modernidade do poder jurídico (direito).

2-      Evolução e manifestação da acção de Augusto .

Era dotado de um enorme sentido político (direito);

Chegou ao poder por eleição do Senado, mas a sua autoridade e poder político fizeram com que criasse o poder e regime imperial;

Acrescentou o direito de nomear um sucessor (dinastia).

No plano militar : restabeleceu a irdem e pacificou províncias (paz romana);

No plano político: cria centros de administração local, reforça o poder do imperador e cria-lhe órgãos de apoio, tira poderes ao senado;

No plano social: apazigua a revolta social , fazendo com que todos os cidadãos fossem iguais perante a lei (na teoria);

No plano cultural : criou o mecenato (atraindo artistas e intelectuais);

No plano religioso: ligou-o ao culto do imperador.

3-      Roma – localização e características

·         Situava-se no centro do império Romano, numa posição estratégica em relação ao Mar mediterrâneo;

·         Ponto de partida e chegadas, de circulação e intercâmbio de ideias, pessoas, produtos e novidades;

·         Pela preocupação com as qualidades de vida construíram-se praças, aquedutos, estradas, mercados, criaram-se novos sistemas de construção e edificação e novos edifícios adoptados às necessidades ;

·         Foi construído o primeiro fórum : centro comercial, social e urbanístico;

·         Foi paradigma administrativo e civilizacional: seguiram o exemplo de Roma na administração local, cada cidade tinha um centro próprio de administração;

·         Urbanístico: o modelo utilizado em Roma, foi utilizado em todas as cidades.

4-      O Senado e a lei

Senado;

Funções ordinárias: administração de finanças para gastos no exército e festas, política externa e decisões de guerra e paz;

Funções extraordinárias: preparar leis e comícios, declarar estado de sitio e intervir na administração das províncias.

Lei Romana : Conjunto de Leis ou normativas aplicadas a todo o mundo romano. Residiam na : lucidez, racionalidade, pragmatismo e experiência.

5-      O Latim

Influenciado pelo: gaulês, cartaginês e grego.

Latim do povo – influenciado por outras línguas;

Latim do limes – classes sociais elevadas (puro);

Línguas novalatinas – romances.

6-      César Augusto

·         19 anos na carreira militar;

·         Tímido e modesto sem gosto para ser militar;

·         Alcançou os apoios necessários, afastou inimigos e ganhou grande prestígio no Senado, ficando em primeiro lugar no plano político;

·         Poder militar, religioso, legislativo e judicial;

·         Aumentou o império;

·         Renovou a cidade;

·         Praticou o mecenato;

·         Proclamou a pax romana;

·         Construiu novos edifícios , sistemas, (...).

7-      Arquitectura Romana

Foi influenciada pelas formas ítalo-etruscas e gregas;

Procurou-se com a funcionalidade, técnica e prática da arte de construir;

Procurou soluções para as novas necessidades;

Foi pragmática, racional, funcional, com carácter grandioso, de solidez, poder e força.

Antigos materiais (tradicionais) : mármore, tijolo, madeira, pedra e novos : opus;

Novos métodos construtivos e elementos arquitetónicos : cúpulas, arcadas, arcos, abóbadas.

Desenvolvimento de técnicas de engenharia: cofragens e cimbres, embasamento de suporte , terraplanagem .

Barroquismo da decoração (utilizaram as ordens às quais adicionaram a toscana e compósita).

Tipologia religiosa:

Erguiam-se sempre sobre um pódio;

Influências ítalo-estrucas e grego-helenísticas;

Carácter frontal (fachada assinalada pelo pórtico);

As plantas eram rectangulares e tinham só uma cella , fehcada;

Orientadas no terreno segundo o eixo axial da cella.

Tipologia civil:

-Basílicas:

Abóbadas de arestas;

Cupulas e semicúpulas sobre as absides laterais;

Compartimentos interiores amplos e iluminados;

Eram multifuncionais.

-Anfiteatros

Planta circular ou elíptica,
Sem corbetura;

Erguiam-se sobre si mesmo devido ao sistema de abóbadas radiais e concêntricas;

Por baixo das bancadas existiam outras dependências.

-Termas :

Importante lugar de convívio, higiene, saúde, cultura e laser;

Estrura dinâmica e funcional, plantas rectilíneas, ordenadas e simétricas;

Abóbadas e cúpulas.

Civil :

Domus :

Baixa;

Telhado de cerâmica inclinado para dentro;

1 ou 2 pátios para onde davam os compartimentos interiores;

1 ou 2 portas;

Decoração interior policrome, com decoração a frescos ou em mármore.

Insula :

De 3 a 8 andares;

Um pátio no centro das plantas que ia até ao ultimo andar;

Problemas de canalização, abastecimento, escadas íngremes e apertadas;

Janelas alinhadas na vertical e horizontal .

Eram de madeira.

Comemorativa :

Honoríficas, simbólicas, alegóricas;

Colunas ou arcos do triunfo;

Decoração a alto relevo;

Colocados em vias públicas, estradas , praças ou fóruns;

Podiam ser adossados a outra construção arquitectónica.

Urbanização :

Traçado em rectículas;

As duas vias principais (cardio e decumano) cruzavam-se em 90º;

Orientação sobre os pontos cardiais;