35 - A Europa sob o signo de Alá

1-      A Europa Sob o Signo de Alá

O islamismo nasceu na Arábia, com Maumé. Inspirado no cristianismo e judaísmo é a mais recente das religiões monoteístas.

Apoia-se em  5 principios doutrinais, que constam no Corão :

è A fé em Alá e Maomé;

è Obrigatoriedade de oração 5 vezes ao dia;

è Prática da dádiva de esmola a quem percisa;

è O jejum na época do Ramadão;

è A peregrinação a Meca, pelo menos uma vez na vida.

Esta religião deu coesão ás tribos da península Arábica e encetaram numa expansão sob a ideia de guerra santa.

O Império Árabe foi inicialmente liderado pelos 4 califas sucessores de Maomé – todos eleitos legitimamente pelas tribos muçulmanas.

Neste contexto a arte islâmica apresenta duas características antagónicas:

è A diversidade , resultante da assimilação de diferentes culturas locais (materiais, técnicas e formas)  e três grandes influências : o classismo cristianizado, o orientalismo pera sassânida e o exotismo turco.

è A unidade .

Como características da uniformização, distinguem-se:

è A fidelidade aos preconceitos do Corão;

è A valorização da arquitectura como arte maior;

è O aniconismo, que é a recusa a representações figurativas em pintura e escultura;

è A tendência para a geometria, na arquitectura, pelo traçado das plantas e pela organização das volumetrias , mas também nas restantes artes, sobretudo na decoração, onde os arabescos geométrico – abstractos ou geométrico – naturalistas subtituem a decoração figurativa de outras artes coevas.

è A atenção às artes aplicadas (cerâmica, azulejaria, estuques decorativos e tapetes);

è O gosto pela exuberância e pelo luxo.

A arte Muçulmana conheceu como principais centros produtores as cidades de Damasco, Bagdad, Samarra e Cairo.

Na Europa foram a Península Ibérica e Sicília as regiões de maior influência.

A arquitetura Muçulmana é a expressão do elevado sentido estético deste povo.

A cidade árabe era um lugar hermético, fechado com um santuário, no qual os edificos privados e públicos se viravam para dentro). O espaço urbano está dividido em : medina (o núcleo principal onde se encontrava a mesquita e escola religiosa e o palácio), o mercado (rodeado por ruas comerciais) e os banhos públicos, ao estilo romano e alcaçaria onde se concentra a administração da cidade.

Os materiais mais usados na arquitectura eram: estuque, gesso, tijolo cru e pedra.

Os elementos estruturais eram:

è Arcos (principalmente em forma de ferradura);

è As abóbadas  e as cúpulas (sistemas de cobertura mais utilizados);

è As colunas de sustentação, com fuste liso e capitéis, lavrados com rendilhados florais e estilizados.

As mesquitas foram os edifícios religiosos mais importantes. Eram compostas por: uma sala funda coberta por teto plano ou cúpulas e abobadas com telhados de duas águas e um extenso pátio descoberto rodeado de pórticos para dar sombra e com uma fonte ao centro.

Um outro elemento importante nas mesquitas é o minarete, de onde o servidor da mesquita chama os crentes para a oração.

A arquitetura árabe deixou-nos também outros tipos de edifícios:

è Madrasah (escola e teologia);

è Ribat (edifício religioso e militar);

è  Mausoléus

Na arquitetura civil, o edifício mais importante é o palácio que funciona como centro político e administrativo.

Artes Ornamentais

a)      Cerâmica : ricamente decorada com desenhos geométricos e pequenos elementos figurativos . A coloração a esmalte e a técnica do vidrado permitiram cores brilhantes, de reflexos metálicos;

b)      Os azuleijos: talhados em quadrado e trabalhados com estrelas e cruzes decoradas com elementos florais e geométricos:

c)       A miniatura: pintura de pequenas dimensões para decoração de livros.

d)      Os tapetes

A Arte Moçárabe

È a arte produzida pelos cristãos peninsulares que viviam em território Muçulmano. Reflete tradições artísticas hispano – visigóticas, asturianas e califais.

A arquitetura deixou-nos principalmente igrejas, com as seguintes características:

è Construções em pedra ;

è Plantas de cabeceira reta e absides contrapostas;

è Uso de arcos em ferradura;

è Cobreturas de abóbadas, ou planas e em madeira (cobertas com telhados de duas águas);

Na escultura predominam os relevos, já que a estatuária foi praticamente banida. Escultura de motivos geométricos, naturalistas e figurativos.

Na  pintura moçárabe é sobretudo aplicada nas miniaturas.